A chegada do mês de Junho representa, para o Nordeste, o início de um período de muita festa, religiosidade e Cultura. Por toda parte o que se vê é o estouro das tradicionais bombinhas de São João, muita comilança, apresentação de quadrilhas e, é claro, muito rala buxo ao som do autêntico forró nordestino. Tudo isso, em torno da fogueira, que homenageia seja qual for o santo do dia: São João, São Pedro ou Santo Antônio.
Não muito diferente das outras, a Região do Cariri também festeja com muita alegria os Santos Juninos e um dos mais tradicionais festejos acontece em Caririaçu. São nove noites de festa dedicadas ao seu padroeiro São Pedro, começando no dia 20 até o dia 29 de Junho, com uma programação bastante diversificada. Quem gosta de religiosidade pode acompanhar a programação religiosa da festa que tradicionalmente começa, todos os dias, ás 5:00 h da manhã com a alvorada festiva e termina só a noite com procissões, pregações e novenas na Matriz de São Pedro. Já para aqueles que além da religiosidade também gosta de um bom arrasta-pé, há uma programação voltada para o entreterimento e lazer com shows ao vivo de bandas de forró conhecidas em todo nordeste e também locais.
Neste período a cidade de Caririaçu recebe muitos visitantes, sobre tudo, dos seus filhos que por algum motivo tiveram que se distanciar do seu torrão natal, mas que, como é de se esperar, nunca esqueceu da sua terra, e que faz questão de matar todas as saudades daquela gente, daqueles costumes, daquelas belezas sem igual, daquele Friozinho... Enfim, vêm ao encontro das boas lembranças e de tudo que teve que deixar para tráz, mas que, ao mesmo tempo, carrega consigo dentro do peito.
Como tudo começou?
A paróquia de São Pedro foi criada no dia 09 de Novembro de 1870, no então povoado de São José, localizado na chamada Serra de São Pedro a que, posteriormente, lhe rendeu o novo nome de São Pedro e, como conseguinte, o Padroeiro.
A imagem de São Pedro chegou a cidade no ano de 1900, quando ainda era chamada de São Pedro do Crato. Ela foi trazida da cidade de Iguatú carregada nos ombros pelos homens e sua chegada foi marcada por muita música, fogos, hinos, em fim, uma verdadeira festa da multidão que fora ao seu encontro antes mesmo da sua entrada naquela que seria sua casa definitiva.
(fonte: http://ce.anpuh.org/download/anais_2010_pdf/st05/Artigo_completo_Kelly.pdf)
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